A missão brota do encontro com Jesus Cristo, no coração que arde pelas suas
palavras e gestos, não é uma obrigação, um dever. Por isso, é importante observar
as motivações da missão, o que nos leva a agir e ser missionários.
Entre as principais motivações percebemos: a pessoa de Jesus Cristo e seu
Evangelho; o chamado pessoal no Batismo para o compromisso como discípulo
missionário; o ardor missionário, a paixão pela missão e anúncio do Reino; o desejo
de estar a serviço do outro, especialmente os mais empobrecidos; a promoção da
vida; dentre outras tantas.
A missão brota do amor de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Esse amor “é como
uma fonte inesgotável que sempre flui como água viva, que jorra na terra pelo Espírito
Santo e que, verdadeiramente, faz parte da criação por meio da Palavra que se tornou
carne” (BEVANS, Stephen; SCHOROEDER, Roger; Paulinas, 2016, p. 27). Deus,
dessa forma, é fonte de amor que envia (BOSCH, David Jacobs; Paulinas, 2002, p.
469).
O amor que brota da Trindade se expande e transborda em todos e sobre todos.
São Paulo expressa claramente essa experiência de sentir-se amado, encontrado e
conquistado por Jesus afirmando que Ele “me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20).
E essa experiência levou-o a responder como Isaías: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8)
(Programa Missionário Nacional 2019-2023).
Para o discípulo missionário o encontro com Jesus é decisivo: “Ao início do ser
cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um
acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, dessa forma, o
rumo decisivo” (DCE. N. 1).
Pelo Batismo, somos todos enviados para cooperar na missão, através dos
carismas recebidos do Espírito Santo e confirmados pela Igreja. Assim, “não podemos
ficar tranquilos em espera passiva em nossos templos, mas é urgente ir em todas as
direções para proclamar que o mal e a morte não têm a última palavra, que o amor é
mais forte, que fomos libertos e salvos pela vitória pascal do Senhor da história, que
Ele nos convoca em Igreja, e quer multiplicar o número de seus discípulos na
construção do seu Reino em nosso Continente!” (DAp. N. 548).
Maria Helena Paiva Negrão de Souza
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