A Igreja nos diz que a vocação “é uma aliança de amor mútua e de fidelidade, de comunhão e de missão, estabelecida para a glória de Deus, a alegria da pessoa consagrada e a salvação do mundo” (Elementos essenciais do ensino da Igreja sobre a Vida Religiosa, 1983).
Sendo assim, é uma iniciativa divina para a alegria da pessoa e para a salvação da humanidade.
De acordo com o Concílio Vaticano II, a consagração religiosa “está profundamente enraizada na consagração batismal e a expressa com mais plenitude” (Perfectae Caritatis, 5). Jesus chama alguns a segui-lo de modo mais próximo. Ele chamou os Doze Apóstolos e escolheu três dentre eles para segui-lo mais de perto, testemunhando sua Transfiguração e Agonia. E somente um esteve presente na Cruz, não porque era mais corajoso, mas porque amava o Mestre com fidelidade e pureza de coração.
A vida religiosa consagrada é celebrada dentro do mês vocacional na terceira semana de agosto. O Catecismo da Igreja Católica afirma, no parágrafo 926, que: “A vida religiosa faz parte do mistério da Igreja. É um dom que a Igreja recebe do seu Senhor, e que oferece, como um estado de vida estável, ao fiel chamado por Deus à profissão dos conselhos”.
Os consagrados são freiras, freis, monges, padres e leigos que dedicam sua vida ao serviço do Evangelho.
A vocação religiosa é vivenciada por homens e mulheres que dizem “sim” a Deus e entregam suas vidas, em plenitude, a seguir Cristo e servi-lo no outro. Não é um processo que ocorre da noite para o dia. Há uma caminhada intensa para que se possa adquirir todo o conhecimento e espiritualidade necessários para se chegar à chamada consagração.
A consagração acontece por meio da realização dos votos de pobreza, obediência e castidade e, geralmente, por meio de uma Congregação Religiosa (Capuchinhos, Maristas, Claretianas).
Viver a vida religiosa não é abandonar, mas sim se tornar mais completo. É levar a presença e luz de Jesus por onde passamos: para as comunidades, para as pessoas necessitadas, para nossa família e amigos. A vocação religiosa, é portanto, uma maneira de tornar o mundo melhor.
No mundo de hoje, mais do que nunca, é necessária a presença de pessoas que apresentam o rosto paterno de Deus e o rosto materno da Igreja, que colocam em jogo sua própria vida para que outros tenham a vida e a esperança. Que, antes de se doarem ao serviço de uma causa nobre, deixam-se transformar pela graça de Deus, vivendo plenamente o Evangelho (Vita Consecrata, n. 105).
“Verdadeiramente, a vida consagrada constitui memória viva da forma de existir e atuar de Jesus.”
Maria Helena Paiva Negrão de Souza
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