A festa de Pentecostes é celebrada cinquenta dias após a Páscoa. E para celebrar bem a vinda do Espírito Santo sobre toda a Igreja, fomos convidados a nos preparar. Fomos convidados a caminhar na espiritualidade do tempo da Páscoa. A festa de Pentecostes é o convite a viver a Unidade na diversidade de dons e carismas. É o convite a viver a comunicação que une os seres humanos.
No acontecimento pentecostes presenciamos os dons do Espírito Santo sendo derramados de modo abundante sobre a Igreja. Vimos que cada um ouvia os discípulos falarem em suas próprias línguas. O que seria isso? Podemos dizer que é a linguagem do amor, onde todos podem reconhecer a fala um do outro. O amor é a maneira mais fácil para o ser humano construir a tão sonhada paz interior. E para o amor não existem barreiras e nem limites.
Ouvimos ainda que o Espírito Santo é como línguas de fogo. O fogo tem o poder de destruir, mas também tem o poder de se renovar. Assim, o homem que é tocado pelo fogo do Espírito Santo, passa pelo processo de destruição e renovação, o homem velho se destrói e renasce o homem novo. O homem novo faz coisas novas e motiva outros a fazerem coisas novas que edificam a humanidade.
O Espírito Santo faz com que a Igreja se abra aos novos horizontes. Falando nisso, o Papa Francisco tem nos alertado para que a Igreja não se feche, não vire um gueto. Mas quando falamos em Igreja, sabemos que estamos falando de pessoas que não podem se fechar na sua pastoral ou no seu movimento. A Igreja povo de Deus precisa sair ao encontro daqueles que estão jogados ou deixados à margem da sociedade. Ela precisa incluir as pessoas, fazer com que elas conheçam e se reapaixonem por Jesus Cristo e seu projeto salvífico.
A missão do batizado será fecunda quando o mesmo não se fechar para a ação do Espírito Santo. Todo batizado tem uma responsabilidade na ação evangelizadora da Igreja, não devendo se contentar com uma participação passiva na Igreja. Tem que se comprometer com o Evangelho e seus desafios, ir ao encontro com os pobres de hoje, ou como disse o Papa Francisco, ir ao encontro com os leprosos do mundo cibernético.
Evangelizar se faz necessário, mas não é um evangelizar sem a moção do Espírito Santo. Às vezes ouvimos pessoas dizerem que estão cansadas e até mesmo desanimadas de trabalhar na Igreja. O que seria esse cansaço? Será que não estamos nos fechando para a ação do Espírito Santo em nosso compromisso evangelizador? Pentecostes precisa ser vivido diariamente em nossa vida ou não seremos fecundos.
Portanto, celebrar Pentecostes é ter consciência da missão alegre dos discípulos de Jesus Cristo, é sentir o fogo abrasador em nossas vidas. É não se contentar com o mundo sem graça e sem vida ao nosso redor. Vamos com alegria renovada nos abrir para o Espírito Santo de Deus. Vamos incendiar o mundo com o amor infinito de Deus que nos quer Cristãos felizes e renovados.
Frei Silvio Cesar Ferreira, OFMCap
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